98 Telinha e seus gatinhos: 12/01/2001 - 01/01/2002

no dia que eu me zangar
mato voce de carinho

Ze´ Limeira

31.12.01

uma para lembrar, duas para brincar

este ano
quero paz no meu coração
quem quiser ter um amigo
que me dê a mão
o tempo passa
e com ele caminhamos todos juntos
sem parar
nossos passos pelo chão
vão ficar

marcas do que se foi
sonhos que vamos ter
como todo dia nasce
novo em cada amanhecer...

este ano
não quero paz, quero é confusão
quem quiser um inimigo
que me meta a mão
o tempo passa
e a gasolina cada vez vai aumentando
sem parar
nossos carros vão ficando sem andar...

bate o sino pequenino
sino do jantar
prá chamar a macacada
prá se envenenar
hoje a bóia é boa
tem arroz queimado
tem pepino podre
tomate estragado
e prá sobremesa
torta de urubu
mocotó de lesma
e doce de angu!

nós somos uma boa dupla.

brinde

às nossas boas qualidades e que nossos cônjuges jamais fiquem viúvos.

e aos gatos. =´;´=

queria escrever uma coisa muito inteligente e criativa que rolasse a internet inteira e voltasse para mim, com outra assinatura no lugar da minha e um elogio ao texto tão original.

mas, vá lá, feliz ano novo, mesmo.

;)

2001 foi um ano pesado.

30.12.01

vai embora de uma vez, 2001!!!!!!!!!!

muriel faz cinco meses amanhã, e duas semanas aqui.

vocês acreditam que ela tá comendo bolo de laranja que meu sogro fez? pois é. a danada é onívora.

caada vez que eu abro o uol e tá lá "cassia eller morreu" é um susto, um baque.

toda vez que fred me pega vendo a novela das 8 ele pergunta do clone.
e eu respondo que ainda não apareceu.
enqto isso, me irrito com jade e lucas. o lucas é um auto sabotador clássico: teve todas as oportunidades de fugir com a jade na primeira fase da novela, remarrou, remarrou e só depois da impossibilidade total da fuga é que descobriu que não pode viver sem ela. e ela ainda borra aqueles olhos maquiados chorando por ele. haja.

dai-me forças. conheço gente assim e incomoda prá dedéu.

o q? é só uma novela? e eu não sei?

só eu.
a um espirro do ano novo, já tou falando do são joão.

só acredito em simpatia de são joão, e ainda assim nenhuma deu certo.
é que é a festa que eu mais amo.
milho assado, quadrilha, forrozinho, frio e fogueira, criança correndo pela casa, fogos e balões (já soltei um!), as comidas de milho que foram preparadas durante o dia inteiro, as risadas, as histórias e de repente corre que tá perto de meia noite, bora pegar faca virgem e enfiar na bananeira (já fiz) pingar vela no prato branco para ver qual letra que sai (já fiz), amarrar aliança no fio de cabelo e contar quantas vezes bate no copo (cansei de fazer) e dormir com aquele cheiro de pólvora dos fogos de artifício e madeira queimada da fogueira que faz tão bem ao meu coração.

fogueira de são joão tem que acender de seis da tarde. é tradição.

cabeça de vento, juízo de minhoca

Rossana pelamordedeus me desculpe. Só hoje me lembrei que era para eu colocar um link e um texto pedindo pro Bicarato voltar a escrever no Alfarrábio.

Gente, eu tou ficando, nem sei dizer, mais aluada que o normal.

ô coisa! Desculpem ambas as pontas da ong...

29.12.01

sou chata.
não acredito em simpatia de ano novo.

aliás, não acredito em muita coisa.
acredito nos meus sentimentos, mesmo que erre às vezes.
acredito no amor de modo geral
acredito que a gente fica pobre de espírito quando alguém legal morre
acredito em fred.
acredito que beber água depois de comer manga faz bem e que não se deve deitar após comer cozido.
e acredito que até o fim da vida vou sentir falta do meu pai.

o takeda botou ponto final no blog folhetim quando eu tiver 64.
mesmo sabendo que era historinha, eduardo e ana tereza e o bebê e o pai e a marta vão fazer falta.
mesmo.

fui procurar uma música para postar aqui mas não deu.
tá uma sensação de que ela morreu feito a Elis Regina.

precisava?
eu pergunto, precisava?
posso listar fácil fácil dez - melhor, quinze - pessoas que podiam ter morrido que ninguém ia sentir falta.
mas precisava 2001 ir embora levando cássia eller pela mão?
eu acredito que ela tenha tido alguma responsabilidade por isso - tão falando em overdose - e eu preciso dizer: não dê sorte para o azar, meu povo.
putz, ela tinha um garoto pequeno, como que vai ser agora para ele sem a mãe?
sinceramente, nada faz sentido.

Tchau, Cássia Eller

26.12.01

fred e eu questionando o tempo.
como era possível o natal demorar tanto, quando a gente era pequeno
e agora parecer que um natal emenda em outro, de tão ligeiro que chega?

fred roubou* o relógio do garfield da irmã dele e colocou no lugar do nosso, na cozinha.

é que esse fim de ano deu de quebrar tudo aqui em casa:
fred foi fechar a cortina e caiu cortina, trilho e tudo.
entrou água de chuva pelo lado do ar condicionado e molhou o colchão e meu travesseiro.
quando peguei o secador de cabelo e fui diminuir o estrago, ele queimou.
muriel está destruindo minha pimenteira e já fez estragos consideráveis em duas violetas
o relógio da cozinha parou de vez

* fred não roubou o relógio da cláudia. ele apertou o braço dela e só soltou quando ela deu o relógio para ele.

natal com muriel é igual a natal sem árvore de natal.

o que a gente não faz por quem gosta da gente:

este ano passei o vexame de comprar o cd novo do zezé de camargo e luciano para dar para perpétua de aniversário. pior que eu nem sabia como era a capa, e entrava nas lojas perguntando se tinha o tal cd novo dos caras.

e esse natal comprei o do padre marcelo rossi cantando roberto carlos. perpétua me pediu depois que o marido dela disse que não dava, pq ele é evangélico e não compra cd de padre.

fred baixou monsters inc. e harry potter no micro.
êba, vou ver sem pegar fila e sem crianças berrando do meu lado.

winnie,

nós também adoramos calzone.
isso desde a lua de mel no sul. em floripa há calzones indecentes!

ceia com cara de jantar de todo dia, como se isso fosse fazer diferença.

a gente virou 99/2000 comendo pizza e assistindo cartoon network.
o que, aliás, foi o melhor ano-novo que eu tive até hoje.

uma coisa que eu valorizo é o estar feliz, não o estar-de-roupa-nova e o tender na mesa.
mas não abrimos mão da champanhe. heheheh :)

a ceia

pois é, a ceia.

a gente resolveu inovar e pedir comida japonesa no natal.
ótimo, 9 da noite ligamos pro new japan.
chama chama ninguém atende
aí ligamos pro manekineko
chama chama ninguém atende
aí pegamos a revista disk cook
chama chama atendeu! disk cook deseja um feliz natal e informa que os serviços estão suspensos até dois de janeiro.

ceia: bife, salada de feijão fradinho, ovo de codorna, patê de cebola, molho rosé, torradas e champanhe.
e tome anastasia na tv.

e, claro, o blogger mudou minha senha tb.

Winnie, Expe, Gil, tou de volta!

É que com essa chuva a minha garganta surtou de novo. aí passei o 24 deitadinha, descansando para a ceia (depois eu falo da ceia) e 25 fomos almoçar na casa do pai de fred e levamos muriel.

cena: muriel em cima do sofá, querendo atacar um pé de flor de maio. e fred "quebra, meu amor, destrói, que papai paga",

hoje quem derrubou foi ele, coitado. tá gripado hasta la medula.

e a chuva não pára. aqui só enche o saco um pouco, mas tou com o coração doído por ter gente morrido e perdido tudo, ainda mais nesta época do ano.

e eu descobri que minha mãe tá ficando ranzinza igualzinho à minha vó.

22.12.01

sei não, sei não

eu sei que este vai ser um post inútil, mas o gosto de ter um blog é poder escrever o que dá na telha.

com a carreira da angélica despencando do jeito que está (seu programa infantil desceu pelo ralo e já teve um show cancelado em são paulo por falta de público) quanto tempo vocês dão para ela posar para a playboy dizendo que quer atingir um novo público e está em um novo momento de sua vida?

ontem eu pensei em como será o natal de herbert vianna e sua família. fiquei dividida.

Luis Fernando Veríssimo
A intenção

Pensei numa ilha, uma ilha inteira, com casa e ancoradouro ou, se você preferisse, heliporto. Mas você se sentiria obrigada a ir e ir sempre, pois ter uma ilha não é como ter, assim, um castelo no Loire ou um apartamento em Miami, que você pode ir ou não ir, tanto faz. Uma ilha inteira é um compromisso, é quase uma obrigação de ir sempre, eu só estaria lhe dando remorso. Um remorso magnífico, com pavões e águas verdes, talvez um pequeno vulcão, mas um remorso assim mesmo.

Pensei num cruzeiro marítimo, a volta ao mundo num transatlântico só seu, dezessete restaurantes, quatro orquestras, dez piscinas e quinhentos marinheiros só seus, mas aí pensei: viajar, com o mundo deste jeito? Descartei o transatlântico e nem pensei num Concorde privê, porque o Concorde — você concorda? — sei não. Dizem que, além de explodir, ele não tem lugar para as pernas!

Pensei num Rolls Royce blindado, com bar e pianista, daqueles que o motorista tem motorista, ou então num Mercedão prateado, forro de pele de lhama hermafrodita, alojamento separado para a criadagem, sauna opcional, mas aí pensei: carros, com esse trânsito? Eu só estaria lhe dando chiliques.

Pensei num conjunto de diamantes, mas... Jóias? Pinturas? Antiguidades? A coleção completa de um costureiro famoso e o costureiro junto, para fazer os ajustes? Muito óbvio.

Um casaco de pele? Muito incorreto. Eu não gostaria de ver você perseguida na rua por defensores, ou parentes, do animal sacrificado.

Um perfume caríssimo? Um “Ravage moi”, um “Penetration”, um “Sacanage en general”? Muito evanescente.

Pensei em lhe dar um chapéu, uma bolsa, um lenço, um guarda-chuva, uma caneta, mas... Toma. É um bloco de notas. Feliz Natal.

Você merece muito mais, claro. Mas é como dizem: o que vale é a intenção.

Tirei esta coluna do UOL. Achei o máximo!

Elas são demais
Luiz Caversan


22/12/2001

Apesar de toda a vulgarização apoiada pela mídia, muito além da estética bunda-e-peito que prevalece como a sua imagem "oficial", eis que a mulher brasileira rompe o primeiro ano do novo milênio por cima da onda.

De qualquer onda: seja a do uso do corpo como meio de ganhar dinheiro, seja a dos machistas renitentes que querem ainda teimam em achar que o lugar delas é na cozinha.

Não, a mulher brasileira é uma guerreira e está botando pra quebrar.

Você viu o que dizem os dados do novo censo do IBGE?

Não?

Então saiba que:

1 - as mulheres já compõem a maioria da população brasileira na faixa dos 20 anos de idade. Ou seja, a faixa em que as lideranças se consolidam, as personalidades se forjam. São a maioria de quem estará mandando daqui a pouco.

2 - Por falar em mandar, saiba que já é a mulher quem manda em um quarto das moradias do país. Sim, é a chefe de família de uma em cada quatro casas brasileira.

3 - A mulher conquistou mais autonomia financeira, mais independência, mais liberdade; pode assumir sua família e não está mais em situação tão subjugada. Quem diz isso não sou eu, não, mas sim Ana Lucia Saboia, chefe da Divisão de Indicadores Sociais do IBGE, baseada em números do censo.

4 - 51% das chefes de família tem entre 35 e 60 anos, 38% não possuem mais do que três anos de estudo e 53% ganham menos do que dois salários mínimos. Quer dizer: elas estão na luta faz tempo e estão vencendo apesar da dificuldade em se manterem com pouca instrução e ganhando menos que o homem.

5 - Subiu 35% o número de crianças pequenas que vivem em lares comandados por mulheres. Conclusão: além do mais elas estão cuidando do futuro do país.

Por isso tudo é que quero deixar aqui, neste começo de verão e já em pleno Natal, minha homenagem à mulher brasileira. Uma lutadora que merece o respeito e a admiração de todos nós.

Feliz Natal e obrigado pela sua dedicação e sua luta.

21.12.01

eu agradeço neste natal

maria clara ter vindo de férias para o rio
minha avó ter tido carinho e total assistência em sua doença e ter morrido em paz e com dignidade
muriel
fred ao meu lado
minha saúde
ter conhecido lúcia
ter começado este blog
ter ido a recife e visto meus amigos e minha família, apesar da viagem ter sido meio conturbada
ter viajado para são paulo e ter ficado no bairro da liberdade

sem ordem de preferência

quadrilha

Olha o que eu li nos olhos das meninas sérias, que por sua vez tirou do toque de migas: "Às vezes, tenho a impressão de que Clarice Lispector e Fernando Pessoa encontraram-se, casaram-se e tiveram muitos blogs."

ou seja: isso aqui tá virando carlos drummond de andrade ;)

uma das coisas mais estranhas que eu vi na vida foi o jornal nacional de ontem, com galvão bueno se passando por comentarista de guerra na argentina...

eu fico na expectativa dele dizer "bem, amigos da rede globo..."

momento kodak

o ruim de ter uma máquina 9dgi9000000ttaltnta (muriel passou por cima do teclado) digital é que muriel não pára quieta e as fotos que estou tentando tirar saem estranhas.

dica da tia telinha

gatinhas de quatro meses não combinam com jardim zen... ;)

Confissão de incompatibilidade de gênios

Eu, Stella Cavalcanti, declaro que há total e irreconciliável diferença de gênios entre o template deste blogger e a minha pessoa. Por mais que eu faça e tenha a boa vontade dos amigos ajudando, as coisas simplesmente não funcionam. Nem o BlogFaq pôde me ajudar, tal a minha inabilidade. Nem mesmo a cartilhinha que Guga me deu (sempre um defensor do velho código - que não é o html).

Se você quer fazer uma boa ação neste Natal, faça esta criança feliz. Escreva um e-mail bem "bêa-bá" para mim, ensinando como colocar um guestbook (tentei sozinha, mas ninguém diz em que linha do template eu devo colar aquele endereço!) e como fazer para os favoritos ficarem aí do lado, na barra laranja. Eu sei, Sui, que no seu blog funciona. Pq então, o meu, que tem o mesmo template, chegou a sair do ar por causa disso?

Pq, minha Nossa Senhora do Microchip?

ouvi uma versão de my sweet lord com um desses breganejos da vida. se o cara estivesse vivo, morria de novo, não sei se de rir ou de raiva.

nossa senhora, marina W, que mensagem de natal é esta?

caramba, veio aquela sensação de "eu queria ter escrito isso."

frase do dia

sai de cima do teclado, criatura!

muriel está miando!
primeiros sons da gata na casa, além dos megacitados fffffffssssss

Eu tirei uma foto maravilhinda do atum!!!!!!!!!!!

temo por minhas violetas

muriel se soltou, está os pés da besta. Já virou um vaso de terra que estava no quartinho, comeu quase uma fatia inteira de presunto, xeretou o que pôde e o que não pôde do meu jantar ontem (tente comer com uma gatinha em cima da mesa querendo saber o que é que está no seu prato e pq você está mexendo a mão) e agora deu de endoidar o pobre do atum.

santo feronômio, batman. o pobre já está ficando rouco de tanto miar e fez mais exercício hoje do que no ano inteiro. muriel corre para lá. atum vai atrás. muriel muda de idéia, sobe num móvel, atum fica junto, miando não sei pq. tá a própria cena do balcão felina: muriel encarapitada em alguma coisa, atum embaixo, minhéuminhéu.

temo por minhas violetas, disse lá em cima. muriel aprendeu a arrancar as folhas delas.

não que muriel e atum não se entendam: é que eles estão começando a se entender, e até já se cheiraram. mas atum não tem companhia há vários anos e está meio fascinado por muriel, que não é de brincadeira nem de se jogar fora. e é meio cathy, da megera indomada. só que o lado petrucchio de atum ainda não se manifestou.

mas, mudando de assunto:

quando vc tem uma gatinha de quatro meses em casa, você percebe que tudo pode ser motivo para exploração e aventura. a sua estante, por exemplo, é ótima para escalar. as garrafas de água mineral que você colocou na geladeira e sobrou o plástico da embalagem, então... esse plástico é uma coisa muito interessante para brincar. uma pilha de jornais num canto logo logo vira avalanche. o cordão da cortina, os fios do computador, o telefone tocando: tudo isso chama a atenção. uma liga de cabelo que caiu no chão é diversão para mais de meia hora.

não é mais sua casa, é um planeta desconhecido com uma gata exploradora audaciosamente indo onde nenhum gato já foi.

20.12.01

muriel tem tema musical

Tava lá eu, lendo satisfeita o Sub Rosa, quando me deparo com Magrelinha, de Luis Melodia. O trecho O sol não adivinha,/ baby é magrelinha/ No coração do Brasil é a cara de muriel. Gata chique danada! :)

e tome clipping, dessa vez da veja rio

Quando o telefone toca
Adriana Falcão

Às 6 e meia da tarde, depois de pensar por quase oito horas seguidas, tomar sete xícaras de café e fumar onze cigarros, o escritor finalmente teve uma idéia para a história.
A primeira frase saiu de uma vez só.
Ele teve apenas o trabalho de transcrever as palavras que já vieram prontas, de presente:
"Georgia entrou no bar lotado decidida a tentar uma última vez".
Às vezes isso acontecia com ele, um momento de sorte, de iluminação ou de plágio.
Deve existir um assoprador de plantão para ajudar escritores sem idéias. Deus, quem sabe? Ou alguém contratado pelas editoras.
Ele sempre pensava nisso quando era beneficiado pelo destino com palavras de graça.
Fosse quem fosse, seu ajudante incógnito emudeceu, e ele teve de continuar a escrever por conta própria. Afinal era um escritor, ora:
"Procurou primeiro no balcão. Ele não estava lá. Começou a procurar mesa por mesa, desesperadamente, o coração descompassado e aflito nem sabia bater direito (os corações têm essa mania de fazer tudo errado quando a gente mais precisa deles)".
Releu até aqui. Gostou. Já era um começo. Quando ia continuar, todo feliz, o telefone tocou. "Droga", o escritor pensou, "aposto que lá vem problema." Era o vizinho de baixo:
– Você pode dar uma descidinha aqui pra verificar pessoalmente o vazamento?
O escritor deixou Georgia lá e saiu resmungando: "Vazamento a esta hora?".
Ela ficou no bar lotado, com o coração descompassado e aflito, pensando: e agora?
Como é que continuava a história? Ela só sabia até ali. Seu nome era Georgia, tinha entrado no bar decidida a tentar uma última vez, procurou primeiro no balcão, ele não estava lá, começou a procurar mesa por mesa, desesperadamente, não sei que lá e tal e coisa.
E daqui pra frente? Daqui pra frente não sabia mais.
E dali pra trás? Georgia então deu uma ré no pensamento até onde conseguia alcançar, mas não chegou muito longe. Sua história só começava de quando entrou no bar pra cá.
Dali pra trás, sabe-se lá. Não tinha um antes. Era feliz? Infeliz? Como saber?
Coitada de Georgia, personagem de uma crônica que teve de parar de repente. Será que seu passado existia por aí em alguma cabeça, papel, pasta, gaveta, lixo, perdido em algum depósito das histórias não contadas? Será que ela tinha futuro? E se o escritor demorasse pra voltar e ela tivesse de ficar ali naquele bar indefinidamente? Olha aí o problema. As histórias paradas existem? Não? Pelo menos existiram, enquanto foram uma possibilidade? E nada de o escritor chegar. O jeito era continuar sozinha a partir dali.
Já estava ficando até chato ela lá naquele bar lotado, pra cima e pra baixo, feito uma louca. Uma pessoa sem objetivo claro, sem lembranças, sem nada, fora a informação de que estava à procura de alguém. De quem, meu Deus?
Quem era esse tal "ele" que ela estava procurando?
Seria esse? Seria aquele? Quanta gente!
Se o escritor tivesse inventado um bar vazio ia dar menos trabalho.
Pelo menos ela sabia que "ele" não estava no balcão. Devia estar numa mesa então. Em qual delas? O bar era muito grande e o coração de Georgia batia "descompassado e aflito", precisava desse detalhe irritante? Bem que ele podia ter escrito que ela estava calma, serena. Mas não. Inventou uma mulher nervosa, num bar lotado. Havia inferno maior que esse?
Havia. As pessoas não paravam de circular dentro do bar, de forma que "ele" podia muito bem ter saído da sua mesa pra ir ao balcão, ao salão ou ao banheiro. Como é que alguém (que não sabe quem é) pode encontrar alguém (que não sabe quem é) desse jeito?
Ela começou a perguntar, rapaz por rapaz: "É você?".
Eles não sabiam responder.
Na hora em que inventou um bar lotado, o escritor criou um monte de gente com o mesmo problema. Ninguém sabia quem era, nem o que estava fazendo, nem as moças, nem os garçons, nem o porteiro, nem aquele rapaz ali sozinho naquela mesa...
Espera. Será que "ele" era aquele? Tão simpático. Bonito. Interessante. Tão sozinho.
Georgia sorriu pra ele. Ele sorriu pra ela e convidou: "Quer sentar?".
Nesse momento o escritor voltou lá do vizinho. Droga de vazamento! Releu o que tinha escrito até ali. Essa história não estava com muita cara de que ia dar em alguma coisa, pensou.
Então deletou Georgia e o bar inteiro.

morpheus

ontem, antes de dormir, tive vontade de dar um beijo de boa noite na minha mãe e pedir a bênção.

e além disso, já adormecendo, olhei para fred dormindo e comecei a ouvir, numa das estações da minha cabeça, roberto carlos cantando olha você tem todas as coisas que um dia eu sonhei prá mim.

mais clipping

da Folhaequilíbrio

Confiança no médico
Michael Kepp

Meu problema com médicos e terapeutas sempre foi encontrar um em quem eu pudesse confiar. Minha desconfiança nasceu há uns 15 anos, quando, estressado por problemas no casamento, comecei a fazer terapia com uma pessoa recomendada pela terapeuta da minha mulher. Um dia, por acaso, descobri que meu terapeuta era marido da terapeuta da minha mulher. Senti-me traído. Ele se recusava a admitir má conduta profissional. Ao mesmo tempo, oferecia ajuda terapêutica para eu me livrar desse sentimento que, segundo ele, só existia na minha cabeça.

Ressabiado demais para procurar outro terapeuta, mas consciente de que o estresse matrimonial deixava meus músculos tensos, aceitei a sugestão de um amigo e fui ver um terapeuta corporal. Ele sugeriu que começássemos praticando luta romana para que pudesse sentir a minha energia. Concordei com um pé atrás. Depois de rolarmos ferozmente pelo chão, vi que ficamos em um "69" constrangedor. Mais pesado, eu estava por cima. Frustrado por não conseguir se soltar, o terapeuta cravou os dentes na minha batata da perna. Foi tão doloroso que me levou a morder de volta no mesmo lugar. Decidi não voltar a saboreá-lo e sumi.

Uma década se passou, e eu me casei de novo. No ano passado, resolvi voltar à terapia, pois estava com um caso grave de insônia e achava que o problema era de natureza psicológica. Mas, ainda desconfiado de terapia, fui primeiro a uma clínica repleta de neurologistas especializados em perturbações do sono. Porque não havia dormido por três noites seguidas, adormeci na sala de espera da clínica e, segundo a recepcionista, chacoalhei as paredes com meus roncos. Talvez por isso, quando ela me acordou, todos me olhavam com um misto de inveja e raiva.

Ao entrar no consultório, dei de cara com um quadro a óleo que mostrava o rosto dos quatro Beatles em detalhes ovais, coroando outro detalhe oval com o retrato do médico. "Você é o quinto Beatle?"-perguntei. "Só eu acho", ele respondeu. Depois de ouvir sobre o meu sofrimento ao longo das noites em claro, o neurologista sugeriu que o problema pudesse ser causado por uma depressão profunda e receitou antidepressivos pesados, que agiam como soníferos. Ele também me mandou começar a fazer terapia com um amigo dele.

Deprimido apenas pela idéia de que seu amigo poderia ser o sexto Rolling Stone, resolvi procurar outra clínica de perturbação do sono. O novo especialista queria ligar eletrodos à minha cabeça e me colocar em uma sala envidraçada para passar a noite, a fim de monitorar minhas ondas cerebrais. Argumentei que a possibilidade de eu dormir como rato de laboratório era nula. Então, recomendou-me um psiquiatra, que me fez algumas perguntas, prescreveu um sonífero e me mandou voltar no prazo de um mês. Os soníferos me apagaram, mas me deixaram com uma tremenda ressaca. Quando eu liguei, ele me mandou seguir suas ordens e ponto final. Seu jeitão prussiano me levou a procurar um psiquiatra mais doce.

O baiano que por fim escolhi escutou pacientemente o meu problema e sugeriu que eu não trabalhasse nem visse tanta televisão à noite -e nunca na cama. Também receitou caminhadas diárias e pediu que eu tomasse um ansiolítico leve antes de me deitar. Por fim, aconselhou-me a começar a terapia com ele.

Alguns dias depois de aceitar seu conselho, comecei a dormir e a acordar sem ressaca. E, pouco a pouco, parei de tomar o ansiolítico. Um ano se passou, e eu ainda faço terapia com ele. Por quê? Porque ele me ajudou a reduzir minha ansiedade -a provável causa de minha insônia- e, acima de tudo, porque eu finalmente achei um profissional em quem posso confiar, tarefa que exige persistência.

MICHAEL KEPP é jornalista americano, radicado no Brasil há 19 anos; e-mail: mkepp@openlink.com.br

é desanimador: o cara que faz o papel de um namorado machão, grosseiro e infiel, é justamente um dos campeões de cartas da Globo e tá saindo nas caprichos da vida como o gato do ano. lembre que adolescente não diferencia muito ator de personagem. é decepcionante mesmo. pois eu vi no video show: dado dollabella, que faz o robson, na malhação, é o campeão de cartas da novelinha. isso quer dizer muita grana apresentando festa de 15 anos por esse brasilzão afora. mas isso quer dizer também que as meninas preferem o bad boy ao garoto legal, de caráter, que o iran malfitano interpreta.
ou seja: the next generation de alexandre frotas tá garantida.

não era bem assim que eu achava que o século 21 ia ser. não era mesmo.

pequeno diálogo quase esquizofrênico na minha cabeça.

ah, mãe, eu vou ter que sair diiiiiiiiii novo? nesse calor? nãoooooooo, mãe, eu faço as compras outro dia... amanhã, juro... o quê? o supermercado vai estar cheio? mas tá cheio agora também, mãe, tá calor, deixa eu ficar em casa com os gatinhos... não estou incomodando ninguém... vai, mãe, deixa eu ficar... tá quente! mãe, é uma e meia da tarde, né possível. tá bom, quinze prás duas, graaande diferença. como assim, deixa o sol esfriar para eu sair? mãe, a gente tá em horário de verão, só depois das seis da tarde que vai melhorar a temperatura. ah, não, mãe! seis da tarde o supermercado vai estar lotado de gente que acabou de sair do trabalho. anh? fred pediu, foi? tão tá. eu vou. mas agora, não, que tou no blog.

enquanto isso, na sala de justiça, muriel dorme a sono solto, espichada em cima do aparelho de som

Gil, espero que sua au au Paloma fique bem e não precise ser operada.

Papai Noel, eu quero O Cavaleiro das Trevas 2, de Frank Miller.
O senhor não sabe o que é? Bem, simplificando ao máximo, é uma história do Batman.
Só isso, Papai Noel! Me dá me dá me dá me dá me dá me dá me dá!!!!!!!!!!

Eu vi uma coisa linda na loja: uma caixinha assim, de anel, sabe? em forma de estrela. aí você abre, e tem um micropresépio dentro.
A moça da loja disse que é artesanato. E eu fiquei assim, maravilhinda.

compras de natal

fred - ok
pai de fred - ok
irmã de fred -ok
tia de fred - ok
perpétua - ok

e a mulher de fred, como que fica, se gastou o que tinha e o que não tinha?

minhéu

Muriel deveria se chamar Rapunzel, não sai de cima do aparelho de som. Mas já está interagindo! Me deu cabeçadas na mão, me chamou com um "miu" muito lindo e fininho e, como quem sai aos seus não degenera, já está comendo presunto feito gente - gato - grande.
Continua fazendo fffffffffssssssssss para o Atum, que está se aborrecendo e miando minhéus e runhéus aborrecidíssimos.
Neste exato momento, eu trouxe Muriel aqui pro quarto do micro, e ela está explorando o lugar. Subiu no batente da janela (fechadíssima) e observa o mundo lá fora. Agora já está dando cabeçadas no monitor de Fred, e já voltou para a janela. Está brincando com o cordão da persiana. Muito curiosa essa minha menininha! Tão magrelinha que nem parece ter peso, é preciso cuidado ao fazer um carinho nela, para não machucar.
Só agora, na luz do sol, é que vi a cor dos olhos dela: verde-amarelado, quase cor de água parada com limo no fundo. Ou cor de água de limpeza de pincel de aquarela.
Atum miou horrivelmente agora, um aaroooooo, arooooooo, olhando para o som e percebendo que Muriel não está lá. Brinquei um pouco com ele, agora preciso parar um pouco, vou cuidar da minha gataria. :)

pq dividir é multiplicar alegrias

Ana Maria escreveu e mandou para mim, eu divido com vocês. Como um sorvete entre amigos, hein, Ana Maria?

Abraspas

Na minha infância conheci o Zé. Tinha várias profissões : louco, mendigo, andarilho. Corria a cidade :
- Dá quarqué coisa, pelamordedeus, dona!
E saía ele feliz, com sua coleção de quarqué coisas : prato de comida, roupa velha, brinquedo quebrado, cabo de panela, carretel de linha vazio, pipa sem rabiola. Aos meus olhos infantis, Zé era mágico. Pousava o sorriso banguelo em cima das coisas que ninguém queria, e as transformava em objetos da minha cobiça. Eu teria trocado tudo que era meu pela satisfação provocada por suas quarqué coisas. Zé nunca aceitou. Nem minha bicicleta novinha por uma revista velha que ele fingia ler, às gargalhadas, sentado na calçada em frente à minha casa.
Hoje eu sei a razão : o louco do Zé me enganava. Essas tais quarqué coisas ele já as trazia, usava das nossas inutilidades para amenizar a estranheza que teríamos ao ver alguém feliz por nada, ou por tão pouco, ou por ... qualquer coisa.
Ter desmascarado o Zé me faz feliz. Está entre as minhas quarqué coisas favoritas...


fechaspas

Me diz uma coisa: Ana Maria não é maravilhinda?

clipping

Do Globo, hoje, coluna Hildegard Angel

Não são só os talibãs. O Grupo Guararapes, dos mais poderosos do Nordeste, dono da rede Riachuelo, foi vítima de um ataque terrorista eletrônico. Um hacker adulterou a versão para o árabe da palavra peace, no site de tradução consultado pela empresa de merchandising Falzoni, prestadora de serviços às lojas, que por isso foram decoradas com mensagens em dezesseis idiomas em que a palavra paz, em árabe, significava assassinos sanguinários! O assunto virou escândalo em Campo Grande, uma das primeiras praças em que foi montada, e logo retirada, a decoração de Natal...


Da Folha de São Paulo, dia 17

O conto tonto da duende doente
Mario Sergio Conti

Os diretores de "Xuxa e os Duendes", Paulo Sergio Almeida e Rogério Gomes, não são autores. São técnicos. O filme deles é um veículo para que uma celebridade fature.

Fature e se expresse, já que, como escreveu Freud, ninguém consegue esconder o que é. "Xuxa e os Duendes" é a expressão de uma personagem gasta, triste, solitária, infantilizada, sem identidade, neurótica, antifamília, insensível, mágica e materialista.

Gasta. Xuxa, 38, interpreta Kira. Seu rosto traz a marca de plásticas antigas e retoques de botox. Ela tem a sem-gracice de uma macilenta camponesa alemã. Kira está bochechuda como a Xuxa de "Amor, Estranho Amor", o filme de Walther Hugo Khoury em que aparecia belamente nua para seduzir e fazer amor com um baixinho. Só que agora ela não mostra nem o joelho.

Triste. Ela passa o filme apreensiva, como se estivesse com enxaqueca. Quase não sorri. Não demonstra alegria ou vibração. Até os olhos fulgurantes estão embaçados, mormacentos.

Solitária. Kira, mora sozinha. Raramente sai de uma estufa, de aparência uterina, onde conversa com plantas. Autoritária como um coronel da SS, trata seus dois criados como coisas. Não tem namorado.

Infantilizada. A única amiga de Kira no filme é uma menina de menos de dez anos, sua vizinha, com quem brinca de roda. Os adultos lhe deixam gélida. Não tem com eles nenhum laço afetivo. Desconhece o que seja o amor físico. Tem a estatura psíquica de um gnomo.

Neurótica. Kira não sabe de onde veio. Não lembra de seus pais nem da sua meninice. A bancada vienense bem sabe o que isso significa: neurose da brava. Algum trauma na primeira infância provocou a repressão, o esquecimento do passado, a não-identidade no presente. Ela compensa o vazio interior trocando de roupa a cada minuto.

Esquizofrênica. Essa mulher triste descobre no fim de "Xuxa e os Duendes" que não é mulher. Ela não pertence à espécie humana. É uma duende. Veio das profundezas da terra com a vaga missão de proteger a natureza. Adotou a conduta humana mas sempre sentiu-se estranha, outra, entre homens e mulheres: uma personalidade partida, dupla.

Contra a família. No final do filme ela tem que escolher: voltar com o pai e a mãe para o reino dos duendes ou ficar na terra. Kira repudia sua gente e sua família para ficar no Brasil onde, repita-se, só tem como amiga uma menina com trinta anos menos que ela.

Insensível. A trama de "Xuxa e os Duendes" (que seria chatíssimo resumir) é deflagrada pela demissão de um cidadão de classe média. Para fazer frente às dificuldades econômicas, ele é obrigado a vender a casa a uma empresa. Kira se empenha e consegue reverter a venda. Pouco se importa com o destino do trabalhador, que termina o filme desempregado e sem ter quem o ampare.

Mágica materialista. Kira repete duas vezes que é preciso "acreditar na natureza e na magia". Só que ela mesma não crê na natureza. Tanto que abandona sua real natureza, a de duende, para ficar na terra. Nisso ela mimetiza Xuxa, que abandonou a natureza humana para se tornar uma mercadoria. Já o apelo à crença na magia tem razão de ser: a mercadoria Xuxa opera a mágica de transformar o conto tonto da duende doente num tesouro milionário.

19.12.01

desmascarando harry

Ana Maria, no seu Udigrudi, desfaz a crença - difundida pela internet - de que Borges escreveu Instantes (Se eu pudesse viver novamente a minha vida/na próxima trataria de cometer mais erros...), que Gabriel Garcia Marques escreveu Marionete (Se por um instante Deus se esquecesse/de que sou uma marionete de trapo,/e me presenteasse um pedaço de vida,/possivelmente não diria tudo o que penso,/mas definitivamente pensaria tudo o que digo...) e que Maiakóvski escreveu "Na primeira noite eles se aproximam/e roubam uma flor/do nosso jardim./E não dizemos nada...."

nossa, soou tão jackie miller...

rugrats

"que coisa mais maravilhinda!"

já sei o que é flabbergasted, o rogério lira me ensinou
"flabbergasted é mais ou menos como estupefato, boquiaberto, num estado de choque, surpresa ou maravilhação (traducao informal, veja bem!)"

obrigada, rogério!

MERI KURISUMASU!
Amy Chavez

Querido Papai Noel,

Quando você visitar nosso país budista este ano, por favor tenha cuidado para não cometer nenhuma gafe. Lembre-se, você é um "gaijin", então, embora você tenha o direito de quebrar algumas regras no Japão, ainda há alguns costumes que você precisará seguir.

Primeiro, nada de beijar a mamãe embaixo do "mistletoe". Uma reverência educada será bem-vinda.
E não fale alto, por favor. Gargalhar "Ho, ho, ho" seria extremamente indelicado e nos deixaria envergonhados. Seja discreto em suas atitudes e gestos enquando estiver no Japão.

Quando você entrar em nossa casa, use a janela, por favor. E tire suas botas, para usar os chinelos tamanho XXL que nós colocamos especialmente para seus pés grandes de gaijin. Tome cuidado com os nossos tetos baixos para não se machucar ao andar nas nossas pequenas casas japonesas.

Deixe o presentes em número de um ou três. É melhor três. Este costume pode parecer estranho, eu sei. Não deixe quatro presentes, pois a palavra "quatro", em japonês, "shi," tem a mesma pronúncia que a palavra para morte, então é considerado má sorte dar a alguém quatro presentes. Claro que é só uma superstição. Nós não acreditamos nisso de verdade, mas esse é o nosso costume.

Se for possível, faça as suas compras de Natal no Japão, para ajudar a levantar a nossa economia. Além disso, os seus duendes não fazem eletrônicos tão bons quanto os nossos... Os seus elfos sabem o que é um MD? Duvido muito, Papai Noel. E os seus videogames são todos sem violência nenhuma... Deixe os artigos de tecnologia conosco, nós damos conta do recado.

Pegue de volta todos os presentes que seus duendes fizeram e embrulhe de novo! Estou pasma com o jeito descuidado que eles embrulharam os presentes ano passado. Recomendo que o senhor mande um dos duendes para fazer um intercâmbio aqui no Japão para aprender a trabalhar com papel. O cuidado com a embalagem é tal, aqui no Japão, que o embrulho deve ser mais bonito que o próprio presente.

A propósito, nós não apreciamos o uso de barba aqui no Japão. Você realmente precisa deixar esta barba tão grande, Papai Noel? Se você a aparasse um pouco, nós nos sentiríamos mais à vontade quando você passeasse por nossa casa.

Vou deixar um lanchinho para você, mas não serão leite e biscoitos como as pessoas costumam fazer nos Estados Unidos. Nós deixaremos um docinho japonês e chá verde. Por favor, coma o docinho com os pequenos "hashis" (pauzinhos) que estarão juntos a ele.

Já que você estará nos trazendo presentes, nós temos que lhe dar um presente também. Você precisa de um saco extra e até mesmo de um outro trenó para carregar todos os presentes que receberá na sua vinda ao Japão. Desculpe o transtorno, mas dar presentes para quem nos presenteia é um costume japonês. Por favor, resista à tentação de redistribuir os presentes que nós daremos a você.

Não traga nenhuma comida do pólo norte, pois é contra a lei trazer comida ao nosso país. É que nós ouvimos falar que as pessoas do pólo norte comem todo tipo de comida estranha, como yeti, o abominável homem das neves. Nós não queremos ficar tão gordos quanto o senhor.

Ponha um pequeno anúncio no seu trenó. Um adesivo da Universal Studios Japan seria muito bem visto. Por favor, limpe a sujeira que suas renas fizerem. Nós deixaremos sacos plásticos e luvas do lado de fora da nossa casa justamente para isso.

Você precisará de algumas dicas sobre como agir caso algum guarda tente detê-lo por invasão de domicílio.Sugiro que o senhor seja extremamente gentil e diga a seguinte frase: "Moshiwake arimasen. Watashi wa, Santa desu kedo." (Isto não é uma invasão, eu sou o Papai Noel). Ou então, se você escolher acalmá-los com um pequeno presente, o senhor deve dizer, ao entregá-lo: "Tsumaranai mono desu ga." ("Este é um presente muito ruim" - o nosso costume é minimizar o presente que damos, pois o presenteado sempre merece coisa melhor). E se acontecer do senhor ser fotografado pela polícia, sorria e faça o sinal de paz e amor. Não me pergunte porquê, todos fazem isso por aqui.

Dê um tempo e pare em um "snack bar" para beber um saquê quente e cantar músicas de Natal no karaokê com nossa hostess, antes de seguir distribuindo presentes na Europa e América do Norte.

Finalmente, cada experiência deve terminar com uma moral da história. Por favor, deixe sua opinião sobre esta viagem e suas impressões sobre o Japão em uma carta endereçada à nossa família.

Eu sei que o senhor deve estar muito cansado, Papai Noel, mas por favor, faça o melhor possível para se adaptar aos nossos costumes. Ao invés de dizer "Merry Christmas to all and to all a good night," diga, em japonês, "Merii Kurisumasu ando guddo naito."


Amy Chavez é uma americana do Colorado que é professora de inglês no Japão há vários anos.

minha mensagem de natal está aqui

a vida que eu quis para mim estava dentro de um comercial de jeans

menina chega em casa com um jeans novo dentro de um saco de papel e outras compras
menina ouve terence trent d´arby, wishing well
menina se arruma, bota blusinha de seda, colar de pérolas, veste o jeans - mas não usa sutiã
menina arruma a casa: tira as fotos dos outros gatos que estão no espelho, esconde o ursinho no armário
namorado vem chegando com flores
o elevador quebra, namorado sobe escadas correndo
menina pega uma maçã verde
namorado chega "nossa, como você tá bonita!"
menina morde a maçã
menina esnoba "que é isso, nem troquei de roupa"
menina chama "entra."

era essa a vida que eu queria ter quando crescesse.
ter minha casa, ter meus namorados :)
caber num jeans daquele tamanho :)
morder uma maçã verde (que sacada maravilhosa do diretor! vermelha seria óbvio, batido, quebrava o ritmo, virava wando)

não que eu reclame da minha vida atual - só falta um trabalho :)
mas sempre que eu assistir esse comercial da pool eu vou lembrar que era assim que meu futuro devia ser.

ninguém fala do seqüestro do W. acho que só soltam ele ano que vem, para capitalizar as festas de fim de ano no cativeiro e aumentar a pressão sobre a família.

para os dias em que a gente precisa de um puxa-saco

virual yes man
"se acaso me acessares, sou desses programas que só dizem sim
fale uma besteira, clique na minha cara, ouvirás yes sem fim..."

ai, essa versão ficou nojenta. hahahahahah :) mas o virtual yes man gostou.
Afinal, como diz lá na página, o Virtual Yes Man will tell you exactly what you want to hear.


quase tão inútil quanto aquela página de estourar plástico-bolha virtual.

eu me odeio.

esqueci o aniversário de guga.

perdão, perdão, perdão.
atribua essa falta à minha esclerose precoce. :)
pilíiiizi!

votar na sarney filha "pq ela é mulher" faz tto sentido qto deixar de votar no esperidião amin pq ele é careca.

li não sei aonde

"caim e abel eram dois aspectos da mesma pessoa.
caim prevalesceu."

antes tarde:

alguém pode me dizer o q quer dizer flabbergasted?

surto

eu preciso comprar a minha agenda!

e todo ano me rendo à tribo
e todo ano digo que vou mudar.

fazer o q, se a tribo é irresistível?

tentei colocar uma imagem aqui mas teima em não aparecer.
quer saber? whatever, nevermind.

tenho que começar a guardar as coisas que estão em lugares altos e em lugares baixos.
hoje muriel (miél para os íntimos) tentou subir na cristaleira e ficou pendurada, que nem o coiote na ponta do abismo.

foi ridículo, muito engraçado e a senha para sair arrumando as coisas desesperadamente. tipo: onde que eu guardo o sabão em pó, pq ela pode virar a caixa no chão e lamber o omo.

putz, gatinhos são lindos mas acabam sendo um problema de logística.

2002 é um ano palíndromo

1991 também foi.

socorram-me, subi no ônibus em marrocos
rir, o breve verbo rir
luza rocelina, a namorada do manoel, leu na moda da romana: anil é cor azul *


aceito contribuições.

* este é tido como o maior palíndromo conhecido na língua portuguesa.

eu acho que blogs têm cara própria.
por exemplo: aquele template do robô vai ser, para mim, sempre a cara da Gil.
e aquele cheio de risquinho azul é a cara do expe.
e eu prefiro o visual antigo da cora rónai.

eu sei. não sou muito chegada a mudanças.

mudar o template é ter uma nova cara. eu andei vendo uns diferentes para o quarto, quando o blog deu pau e eu achei que trocando o template ele voltava. mas tudo que eu via, sinceramente, não parecia comigo. a minha cara é essa, colorida.

os blogs da gil e do expe estão de cara nova, bonita, boa de ler. eu vou me acostumar, já já (não gosto muito de mudanças, mas não sou inflexível!)

li no jamanta,blog da Ana (que não é a Ana Maria) que mataram uma cachorrinha que ia ser dela, presente do namorado.
ela chegou lá na casa dele e a pobrezinha já era.
mataram uma filhotinha de seis meses. deram bola para ela.
pqp, é natal, essas coisas não deviam acontecer.
aliás, não deviam acontecer nunca!
e, já que acontecem, precisam ser punidas!

e sabe aquela menina que sumiu, filha da amiga de perpétua?
aquela, que ligou do trabalho avisando que ia chegar em casa logo e nunca chegou?
pois é.
tá alive and kicking, foi parar no mato grosso com uma turma de amigos.
tava na farra e todo mundo achando que tava morta estendida numa vala.
algum conhecido a viu por lá e ligou para a família dela, que viajou imediatamente para encontrá-la.
ela toda pimpona, feliz da vida.
levou uma surra homérica, mas, nas palavras de perpétua, ontem já estava na rua, tomando banho de chuva.


escrevi para a Ana Maria dizendo que estou me desmanchando em aleluias.
escrever aqui é como um sorvete.
receber carinho de pessoas como Ana Maria é o que transforma o sorvete num sundae.
é chantilly, é cereja, é farofinha, é calda.
é indispensável.

duas e vinte da manhã e eu perdi o sono.
e amanhã tem faxina.

tou nem aí! tou feliz da vida, meu blog voltou.

a pessoa mais rica do brasil é a que tem a trilha sonora original do sítio, em lp, ainda.
acho que são dois volumes.

é a mais rica pq a globo é b-u-r-r-a e colocou carlinhos b. (dá azar escrever o nome todo) cantando uma música pro saci.

e agora todas as buscas que eu faço pelas letras originais dão nessa trilha nova.

eu precisava postar isso aqui

GREEN HAIR
Supla - Vulcan

She said she´s only 16
La ri la if you know what I mean
Her dad is irish
And her mom puerto rican
Met her in Tompinks square
Bottle in hand with all her crustie friends
Took her over to my place
Sucking sushi kiss
That pretty face
She had green hair
Green hair, green hair
She had green hair
She had green hair

Met a girl with shaved head
Pirce nose with her baby head
Blew me, when her kid was dead
Ho God! She was licking my head
She had shaved head, shaved head
She had shaved head
She had, shaved head, shaved pussy, shaved head
She had, shaved head

Blondes always seam so mean, but they look very clean
They make me feel invencible
But I know I´m in for the fall
So what should I do, I just love them all

(CHORUS)
Green hair, purple hair, shaved head all and all
I just love them all
I said green hair purple hair shaved head love them all
But I´m in for the fall, I´m in for the fall
I´m in for the fall
In for the fall

Met these two girls Sara and Noel
Bought a ticket straight to hell
Noel with those cat eyes
Sara with those tight ties
Under my skin in my sheets
They make you scream like those girls
In the magazine fanzines
Sara and Noel
Two tickets straight to hell
Sara and Noel
Two tickets straight to hell
Burning in the shadows of a gothic girl from the Bronx
Spin and swirl on the cross
Dragin me to grave
She want´s me to be her slave

Gothic gothic girl
Spin and swirl
I love them all
When they spin and swirl

The chiquita banana with leopardo spots
Japa girl garlic hot hot hot
Little sand box kitty cat
In Brazil she scratches backs
Japa japa girl in Brazil
Japa japa girl now in N.Y.C.

(CHORUS)


não dá para resistir... up-to-date... funny, so funny... mas eu não esperava que japa girl só falasse na japa girl na última estrofe e ainda fosse uma descrição das conquistas do supla em nyc...e eu tenho que celebrar a volta desse blog de algum jeito, caramba! e escrever a letra de japa girl me pareceu legal e engraçado... canta comigo, meu povo... japa, japa girl...

dizer o quê?

eu PRECISO escrever aqui. me faz bem. me faz muito bem.

e receber o retorno do que eu escrevo, então, é a cereja no sundae.



vocês sabiam que fred raramente me lê? é engraçado, mas eu acho que é só a convivência.

eu sou mais eeeeeeeeeeeeeeeu!

mudei tto esse template, mexi e aconteci, perturbei meio mundo e fred junto, só faltei chorar nas costelinhas da muriel, quando tudo que eu precisava fazer era escrever um post de teste para a mudança entrar no ar.

lembrei de uma frase de A gata e o rato, um diálogo de david e maddie, mas não lembro de quem disse o quê:

eu queria falar com você, mas a porta estava fechada.
lembre que as portas têm fechaduras...

era só o que eu faltava fazer: pôr em prática!

nossa, isso tem implicações psicológicas que dão um meeeeedo...

acabo falando mais de mim do que eu mesma sei de mim.

o post único do quarto da telinha 2

[12/18/2001 6:49:32 PM | stella cavalcanti]
well, meu povo, vou ficando por aqui enquanto as coisas não funcionam no oficial.
eu devia chamar este blog de barraca da telinha, pq ele é - se deus deixar - provisório.

agora dá licença que eu vou avisar todo mundo.
[edit]

alegria, alegria!
o quarto da telinha saúda o público e pede passagem!

voltou!
ai, voltou!

Jesus Cristo, voltou!!!!!!!!!


estou devendo bilhões de pulinhos a São Longuinho. Tantos que é melhor comprar uma cama elástica.
ai, voltou meu blog! que diabo de coisa é essa que me deixa acordada à meia noite e tanta, só de preocupação e medo de perder meu cantinho?

eu moro aqui, sabia? não quero virar uma sem-teto!

ai, voltou! meu deus que coisa mais tão boa! Aninha, Aninha querida, tenho certeza que você ajudou esse blog a voltar. Musas têm certos poderes, você não sabia não?

ai, voltou, voltou! Sui, minha flor, eu não vou mudar mais nada não, do jeito que tá, tá ótimo. vamos fazer assim: de quando em quando publico os blogs amigos, para ninguém faltar nas paredes do meu quarto!

ai, tou com vontade de acordar fred só para dizer que eu tenho voz de novo!!!!!!

e o blog alternativo-provisório quarto da telinha 2, com seu único post, vai ser fechado. qual o post? depois eu boto aqui, agora não.

testando, 1, 2, 3, gravando

18.12.01

muriel news:

gata escaladora dorme em cima do aparelho de som, após passar algum tempo em pé igualzinho à suricata Timão do Rei Leão.

bem, muriel continua estressada. dormiu fechada no quartinho, com água, comida e pipi-cat. acordei hoje como criança em dia de natal, vou ver como muriel está. brinquei com ela, fiz bolinhas de papel higiênico, ela saiu do transporte (virou toca), comeu um pouquinho e virou o pratinho de água. trouxe a felina para a sala, atum surtou de novo: mente superior domina mente inferior. quando ela finalmente se animou a sair do transporte, se enfiou embaixo do móvel dos discos.
fred saiu frustradíssimo, não queria trabalhar, queria ficar com muriel.
trouxe muriel aqui para perto do micro, na vã ilusão de que ela ficaria no meu colo. muitos fffffffffffffffsssssssss até que eu levei a danada de volta para a sala e agora ela está entocada, com atum vigiando.

sinceramente, achei que ia ser mais fácil. muriel é muito arisca.

17.12.01

muriel chegou!!!!!!

vem fred com muriel na bolsa-de-carregar-gato.
atum sente o cheiro e entra em alerta nível amarelo.
fred senta no sofá e eu tiro muriel da bolsa.
muriel está assustada, e toda encolhida.
fred coloca ela no colo e ela sobe para o ombro dele.
fred faz carinho e fala com ela. chama de linda e diz que agora esta é sua casa.
diz que sabe que é difícil a mudança mas ela vai gostar.
diz que atum é um gato bacana e que ela vai gostar dele.
atum entra em alerta vermelho. sente o cheiro, fica hipnotizado olhando para ela, ainda de longe.
atum olha para mim, como quem perguntasse o que diabos está acontecendo na minha casa.
muriel vê o atum.
muriel abre um bocão, mostra os dentes e faz ffffffsssss
atum chega perto do sofá e observa muriel.
mais fffffsssssssssssssssss
pego muriel no colo, atum continua em alerta vermelho, olha para fred e dá uma cabeçada na canela dele (esse já tem dono, em língua de gato)
muriel faz ffffsssss e rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr com o estômago.
ela não está gostando nada da situação.
atum percebe a bolsa-de-carregar-gato. cheira e tenta entrar, muda de idéia, olha para muriel.
muriel faz fffffffsssssssss e rrrrrrrrrrr
fred olha para muriel como um pai babão olharia para o bebê no berçário.
muriel faz fffffffssssssssss para mim.
muriel faz ffffffffsssssssss para atum.
atum fica olhando para muriel como mowgli olhava para a serpente.
atum olha para a gente, olha para o chão, expressivo como nunca. abraspas só falta falar fechaspas.
muriel cochila um pouco. fred se mexe. muriel acorda.
fred pede para eu dar um pouco de presunto para muriel.
ela se anima, cheira o presunto, mas não come.
muriel faz ffffffffffffssssss para o atum.
atum se lambe.
fred vai tomar banho, eu venho para o micro.
muriel e atum continuam se encarando. ela no sofá, com água e comida em pratinhos do lado dela. atum no chão.


fred disse que daqui a alguns dias ela se acostuma.

olha o que deu na época, Gil

GP da Inglaterra de F-1 não contará pontos

O Grande Prêmio da Inglaterra não contará pontos para o Campeonato Mundial de Fórmula 1, ano que vem, informou ontem uma fonte autorizada pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA). A entidade deve confirmar esta decisão em seu conselho mundial no dia 14 de dezembro em Mônaco, mantendo a prova britânica na data de 7 de julho. As equipes que decidirem não participar da corrida terão o respaldo da Federação Internacional de Automobilismo.

Esta medida é conseqüência das promessas não cumpridas pelos organizadores de trabalhar para facilitar o acesso ao circuito inglês de Silverstone. O calendário do Campeonato Mundial de Fórmula 1 de 2002 terá portanto apenas 16 provas. O GP da Inglaterra poderá ser reintegrado ao Mundial de 2003 se os trabalhos forem realizados até o fim da temporada de 2002.

faz tempo que eu queria dizer aqui

vi na tv uma pessoa dizendo que não se arrepende de nada que fez na vida.
eu me arrependo.
eu me arrependo do que fiz, das pisadas na jaca, das vezes que eu tinha que ficar calada, de ter confiado demais em algumas pessoas sem ter provas de que elas mereciam minha confiança, de ter faltado a quem esperava a minha ajuda.
eu me arrependo das coisas que fiz pq não havia como fazer diferente. me arrependo de não estar do lado da minha avó quando ela morreu, e me arrependo de não ter ido ao seu enterro. me arrependo de não ter conversado mais com meu pai.
eu me arrependo das vezes que me apaixonei e fiquei quieta, embora na hora parecesse a coisa certa a fazer.
eu me arrependo do que eu não fiz e de muitas noites que fiquei no meu quarto quando poderia ter saído. na hora parecia a coisa certa a fazer.
eu me arrependo das brigas que não tive, de ter engolido coisas que precisavam ser ditas, de não ter respondido à altura.
eu me arrependo de ter me contentado com pouco.
eu me arrependo de ter procurado ser uma boa menina.

las niñas buenas van al cielo
las malas a todas las partes

o ruim de estar desempregada é que 13o é uma vaga lembrança

quando eu e fred estávamos em sampa, passamos de táxi em frente a uma pracinha, na liberdade, onde estava havendo algum tipo de comemoração, e uma senhora cantava uma música em japonês.
fred ficou ouvindo e disse que era uma canção folclórica que ele lembrava ter aprendido no curso de japonês.

aqui no rio caiu a ficha e ele lembrou de onde conhecia a música: era a abertura de nacionaro kido.

eu sempre achei que meu ego ia ser um impedimento ao meu sucesso na publicidade.
ele é muito pequeno para o ambiente.

estou esperando fred chegar com muriel

tudo na tv fala do fim da casa dos artistas. eu, que não vi um capítulo dessa história, acabo sabendo de tudo.

Gil, o seu novo template tá muito fofo. Só é meio ruim de ler... dá para ajustar isso?

da Revista da Folha

"Taliboa" dá volta pela cidade

Burga: graças a Osama bin Laden, o traje que cobre as muçulmanas da cabeça aos pés apareceu em 2001 mais do que qualquer modelinho fashion.
Acostumados à burga apenas via satélite, os paulistanos se assustaram muito na presença de uma.
"Olha lá, olha lá: onde aquela maluca pensa que vai?"
"Dá-lhe, Taliboa!"
"Será que é mulher mesmo?"
"É nada! Aquilo é bicha querendo aparecer"
...reagiram os frequentadores da feira de antiguidades do Masp, no domingo passado, diante da repórter da Revista vestida com uma burga trazida como lembrança pelo correspondente da Folha na guerra do Afeganistão Igor Gielow.
Sobraram medo e preconceito.
"Mulçumana, aqui, não, sai fora!", exclamou um transeunte. "Um senhor chegou a gritar furioso: "Você vai ser assassinada." Assustado, um casal de expositores chamou o segurança, acreditando que a mulher de burga pudesse ser uma assaltante.
E, como no Brasil, nem o traje mais recatado inibe os machistas de plantão, um homem tentou enfiar a mão por debaixo do véu para "sentir" o que havia por baixo. Quente, claustrofóbica, a burga, que não tem mangas, limita os movimentos, obstrui a visão e dificulta a respiração. Cobre todo o corpo e descobre apenas o preconceito.

uma epifania perfeita



abraspas
Alecrim

Meu amor me disse que quando canta Alecrim lembra de mim. Então canta sempre, amor, pra nunca esquecer.

Alecrim, alecrim dourado
Que nasceu no campo
Sem ser semeado

Foi meu amor
Que me disse assim
Que a flor do campo
É o alecrim

Alecrim, alecrim cheiroso
Por causa de ti
Fico eu saudoso

Foi meu amor
Que me disse assim
Que a flor do campo
É o alecrim

Alecrim, alecrim aos molhos
Por causa de ti
Choram os meus olhos

Foi meu amor
Que me disse assim
Que a flor do campo
É o alecrim

fechaspas

não conhecia essa versão, com duas estrofes a mais...

a gente gosta tanto de fazer testes só pq é divertido ou pq precisa se (re)conhecer?

my mood today...

Hole in Heart

Hole in Heart
A girl I saw once wore a shirt that said "I only love emo boys with broken hearts". Chances are, you're an emo boy (or girl) with a broken heart. Sad songs and quiet friends are your companion, and you take things slowly so as not to get hurt in the future. You could brighten up, though--the world isn't THAT bad.

What piece of photography are you?

Find out at The Stock Photo Quiz.


o que é um EMO ?

o dia está tão límpido que consigo ver os detalhes da roupa do cristo, aqui da janela.
deu um certo receio.
como se Ele estivesse olhando diretamente para mim, e apesar de tudo que Ele é ser Amor, deu medo.

nisso que dá ter estudado em colégio de freira a vida toda. a gente acha que se Deus tá olhando para a gente é unicamente para castigar. mea culpa, mea maxima culpa.

ninguém fala que viu Deus ou nossa senhora e ouviu: muito bem, meu filho, estou feliz por você...

então assim começa a história

era uma vez uma menina que morava com seu irmãozinho numa cabana no meio da floresta. um dia, quando eles saíram para procurar comida, eles se perderam. caminharam muito, muito, até que o menino ficou com sede. passando por perto de um riachinho, pararam para o menino beber um pouco daquela água tão limpinha. quando o menino colocou a mão na água do riacho, uma voz misteriosa falou: "quem beber desta água virará um tigre!"
a menina ficou com medo e pediu para o irmão não beber daquele riacho. e continuaram andando, o menino com muita, muita sede, até encontrarem outro riachinho. e, novamente, assim que o menino ia beber a água, uma voz misteriosa falou: "quem beber desta água virará um leão!"
a menina convenceu o irmão a procurar um terceiro riacho. e, quando eles finalmente encontraram esse riacho, o menino não agüentou e bebeu da sua água antes mesmo da voz misteriosa falar "quem beber desta água virará um cabrito" e, claro, o menino virou um cabritinho.
a sua irmã ficou muito nervosa, mas no fim das contas, um cabrito é melhor que um leão ou um tigre que poderiam atacá-la. E ela acabou encontrando o caminho de casa e passou a viver lá, na companhia do cabrito.
um dia um príncipe passou por lá e se apaixonou por ela e os dois se casaram e foram morar num castelo. e, eventualmente, o feitiço que transformou o menino em cabrito se desfez. mas a minha mãe não me contou o fim da história, então fica a cargo da imaginação de vocês como tudo isso aconteceu.

muita gente pode achar besteira essa falação toda sobre um assunto que nem digo qual é.
no meu sistema de valores faz sentido isso tudo.
no seu, pode não fazer.

e enquanto isso vou minhocando, minhocando.
mas tem cara de ter estragado meu dia.

não é que o grinch tenha roubado o meu natal,
mas ainda não pendurei sequer uma bolinha vermelha
e não comprei os presentes

pelo menos tenho a desculpa dos joelhos estropiados para não enfrentar shoppings
e agora já está tarde para comprar na internet e chegar a tempo.

depois eu vejo o que faço. talvez compre alguma coisa no Mundo Verde (lojinha metida a esotérica e cara para cachorro) do outro lado da rua. Talvez, talvez.

o que não pode faltar é o presente de fred. e esse já sei qual é faz meses.

16.12.01

o que me mata é minha tendência ao melodrama.
acontece uma coisinha assim e a Dalva de Oliveira se solta dentro de mim.

aí vem a sensação de divisão.
uma parte de mim quer se esgoelar, a outra quer ficar quieta, uma terceira assiste o circo pegar fogo.

não é fácil, baby, ser stella cavalcanti nestas horas.
não é fácil e, para ser honesta, ninguém disse que ia ser.

i´m only human
of flash and blood i´m made
human
born to make mistakes...

pequeno desabafo sobre um assunto obscuro.

às vezes é difícil, mas a gente tem que parar de vez em quando e pensar que os outros são tão humanos e falhos quanto nós.
é difícil, pq a gente tende a idealizar quem ama.
e não importa qual seja o alvo do nosso amor, vai ser tão falível quanto qualquer um.
o resto é bobajada romântica para boi dormir.
só que é difícil quebrar esse condicionamento, essa imposição narcisista de que "a força do meu amor o fará perfeito"
perfeito nada.
humano, tão fraco quanto eu, tão errado quanto eu, tão maravilhoso quanto eu.
mas o aprendizado dói.

o aprendizado que começa quando a gente começa a ver que pai e mãe não são os deuses que detém sabedoria e força e sim duas pessoas que tentam criar você da melhor maneira que dá.
e que seus amigos um dia vão dizer uma coisa que te magoe.
e que o cara ou a menina que você ama um dia vai pisar na bola.

mas eu já disse isso há tempos, quando afirmei que posso magoar e ser magoada, o importante é que isso não aconteça por maldade, intenção de ferir. não havendo essa intenção, o resto se conversa.

mas às vezes a gente fica cheio de dedo para conversar. então o jeito é se resolver sozinha, pq no fim das contas, os incomodados é que se mudam. no caso, não se mudar de sair de perto, mas se mudar de se transformar.

mas é difíiiiiiiiiiiiiiicil quebrar estereótipos e separar o que a gente sente do que a gente está programado para sentir.

Gil, olha o que o xumaquinho disse

"Sinto dificuldade de enxergar em determinados momentos das corridas”
Ralf Schumacher, piloto de Fórmula 1, que pretende usar óculos na próxima temporada


recebi do samuel, que não tem blog mas bem que devia ter

RETROSPECTIVA 2001

Estive fazendo um levantamento de todas as baboseiras que me enviaram pela Internet e observei como elas mudaram a minha vida.

Primeiro deixei de ir a bares e boates com medo de me envolver com alguém ligado a alguma quadrilha de ladrões de órgãos e que me roubem as córneas, me arranquem os dois rins ou até mesmo esperma, deixando-me estirado dentro de uma banheira cheia de gelo com uma mensagem: "Chame a emergência ou morrerá".

Assim deixei também de ir ao cinema com medo de sentar-me em uma poltrona com seringa infectada com o vírus da AIDS.

Depois parei de atender ao telefone para evitar que me pedissem para digitar *9 e minha linha ser clonada e eu ter de pagar uma conta telefônica astronômica.

Acabei dando o meu celular porque iriam me presentear com um modelo mais novo da Ericson que nunca chegou. Então tive de comprar outro mas abandonei-o em um canto com medo que as microondas me dessem câncer no cérebro.

Deixei de comer vários alimentos com medo dos estrógenos. Parei de comer galinha e hambúrgueres porque eles não são mais que carne de monstros horríveis sem olhos, cabeludos e criados em um laboratório.

Deixei de ter relações sexuais por medo de comprar preservativos furados que iriam me contagiar com alguma doença venérea.

Aproveitei e abandonei o hábito de tomar qualquer coisa em lata para não morrer por doenças transmitidas pela urina de rato.

Deixei de ir aos shoppings com medo que seqüestrem a minha mulher e a obriguem a gastar todos os limites do cartão de crédito ou coloquem alguém morto no porta malas do automóvel dela.

Eu também doei todas minhas poupanças à conta de Brian, um menino doente que estava a ponto de morrer umas 700 vezes no hospital.

Eu participei arduamente em uma campanha contra a tortura de alguns ursos asiáticos que tinham a bílis extraída, em outra campanha contra os Estados Unidos anexarem a floresta amazônica.

Fiquei praticamente arruinado financeiramente por comprar todos os antivírus existentes para evitar que a maldita rã da Budweiser invadisse o meu micro ou que os teletubies ou os sapos da Budweiser se apoderassem do meu protetor de tela.

Deixei de fazer, tomar e comer tantas coisas que quase morro desnutrido.

Cansei de esperar junto a minha caixa de correio os US$ 150.000 que a Microsoft e a AOL me mandariam na participação de rastreio de e-mails enviados. Nem tampouco chegou o telefone Ericson muito menos a passagem para a Disneylândia.

Quis fazer o meu testamento e entregá-lo ao meu advogado para doar os meus bens para a instituição beneficente que recebe um centavo de dólar por cada pessoa que anota seu nome na corrente pela luta da independência das mulheres no Paquistão, mas não pude entregar porque tive medo de passar a língua sobre a cola na borda do envelope e me contaminar com as baratas incubadas nela, segundo haviam me informado por e-mail.

Também não ganhei um milhão de dólares, um porshe e nem fiz sexo com a Nicole Kidmann, que foram as três coisas que pedi como desejo quando recebi e encaminhei o Tantra Mágico enviado pelo Dalai Lama lá da India.

E como se não bastasse acabei acreditando que tudo de ruim e de injusto que me aconteceu é porque quebrei todas as correntes ridículas que me enviaram e acabei sendo amaldiçoado. Resultado: estou em tratamento psiquiátrico.

NOTA IMPORTANTE Se você não enviar esta mensagem a pelo menos 10 pessoas, nada irá te acontecer. No entanto as mentiras e baboseiras continuarão infernizando a sua vida em 2002 por falta de informação e esclarecimento. Não se deixe influenciar por elas. Delete-as. Se até as baleias podem ser salvas, por que não a Internet? Em 2002, salvemo-nos!

eu acredito no vídeo do bin laden confessando a autoria do atentado
eu acredito que o brasil ganha a copa do mundo
eu acredito em duendes e na xuxa também

eu acredito que bati a cabeça numa dessas quedas que eu levei, pq só assim para levar a sério as afirmações acima.

hehehe

parece que eu fui atropelada.
em conseqüência das duas quedas, meus joelhos doem o tempo todo e meus braços também.
a sensação é que eu fui atropelada e não me avisaram
ou então que eu passei várias horas na máquina apolo de uma academia.
ou pode ser tensão.

dói até dormindo, a noite foi péssima e o lençol saiu do lugar, acabei dormindo em cima do colchão - detesto, é quente e pinica - e com atum a um centímetro da minha cara, ronronando, se lambendo e incomodando.

sem contar que fred roncou tudo que tinha direito e que, em algum ponto da madrugada, soltaram fogos alucinadamente, o que assustou atum que pulou por cima de mim e me acordou num espanto e numa unhada que escapou sem querer.

te contar, essa não foi uma noite comum.

15.12.01

eu sei que vai ficar pesado mas eu não resisto!!!!




palavras de Sônia Regina Gomes Menna Barreto de Barros Falcão, ou simplesmente Menna Barreto, a autora:

Título: Florence
Técnica: Óleo sobre linho
Tamanho: 40x50
Data: 01/2000

Este é um dos meus preferidos. A idéia toda partiu do desafio de fazer alguma imagem com este tipo de perspectiva. Os livros em volta "fecham" a imagem como se fosse a moldura do quadro. O japonesinho fantasiado está tirando fotos das imagens do livro. Com certeza ele saíu de alguma página, assim como o avião e os barcos. Bem a direita, onde está a caixa de fósforos, tem um brincadeira: dois dos palitos de fósforo, são pessoas apreciando a paisagem.


clique aqui para conhecer mais trabalhos dela.

eita que eu me identifiquei

abraspas

Decidi afogar todas as minha mágoas comprando CDs. Peguei o metrô e me enfurnei nas galerias do centro de São Paulo, em busca de novidades. Fiquei zonzo com tantas bandas independentes e alternativas totalmente desconhecidas que encontrei na loja Bizarre. Além disso, me senti um ignorante total. O problema é que estou ficando velho. Quando era adolescente sempre achei ridículo aqueles caras de trinta e poucos anos que viviam falando que bons mesmo eram os Doors, os Stones, o Pink Floyd. Agora que estou entrando nos trinta, começo a pensar que nunca vai existir nada melhor do que os meus velhos amigos Bunnymen, Pixies, Smiths, Cure (o Lennon não conta, porque ele está logo abaixo de Deus). Então acabei saindo das galerias sem nenhum disco de banda nova. Em vez disso, comprei o novo Greatest Hits do Cure, com um CD bônus só com versões acústicas das músicas.


É a idade, é a idade...


fechaspas


tirei do quando eu tiver 64 que tem os posts assinados por Eduardo Spitzer mas na verdade quem escreve é o Takeda. é aquele blog que vai virar livro, que eu falei um tempo atrás. mal comparando, é um blog-folhetim.

e eu quero uma rugrat dessas para mim!

Kimmi

os Rugrats cresceram!!!







mas foi só para um especial... eles continuam os bebês mais lindos da tv! e spielberg disse que eles são os "peanuts" do século 21! eu assino junto!

natal no japão

no japão a maioria da população é budista ou xintoísta, há poucos cristãos e a comemoração do natal acontece mais como uma tradição importada do ocidente do que como uma festa religiosa.
a maioria dos japoneses acha que o natal é, na verdade, o aniversário do papai noel.
e isso tem uma base: nos filmes e desenhos animados sobre o natal, só se fala da chegada de papai noel, e não no nascimento do menino jesus.
pode conferir.

trilha de hoje, no fusca sem rádio: Sete Desejos, Alceu

Recomeçando das cinzas
Eu faço versos tão claros
Projeto sete desejos
Na fumaça do cigarro

Eu penso na blusa branca de renda
Que dei pra ela
Na curva de suas ancas
Quando escanchada na sela

Lembro um flamboyant vermelho
No desmantelo da tarde
A mala azul arrumada
Que projetava a viagem

Recomeçando das cinzas
Vou recompondo a paisagem
Lembro um flamboyant vermelho
No desmantelo da tarde

E agora penso na réstia
Daquela luz amarela
Que escorria do telhado
Para dourar os olhos dela

Recomeçando das cinzas
Vou renascendo pra ela
E agora penso na réstia
Daquela luz amarela

E agora penso que a estrada
Da vida tem ida e volta
Ninguém foge ao destino
Esse trem que nos transporta

terezinha de jesus

outra queda.
agora fred estava ao meu lado, ajudou a levantar.

imagine a elegância do meu andar, com os dois joelhos estourados.

estou com umas palavras soltas de um poema rodando na minha cabeça
é quando o autor compara a menina a uma lagarta,
que ele ficava olhando, olhando.

não consigo lembrar de quem é e me sinto frustrada.

estão chamando essa gripe-virose de bin laden.
ataca você, te derruba e ninguém sabe como deter.

não sei se disse antes, mas meus pais moraram no sertão quase 10 anos antes de eu nascer.
uma cidade chamada ouricuri, bem na pontinha de lá do mapa de pernambuco.
pernambuco parece uma lagarta, já prestaram atenção?

pois bom

fui em ouricuri em 82, batizar aninha. eu era madrinha junto com os avós paternos dela.


calor calor calor calor calor.
a água no filtro sai meio morna.
o vento no ventilador sai meio morno.
as roupas secam depressísisma no varal porque o sol é inclemente, como dizem por lá.
corre a lenda que já fritaram ovo na calçada num dia histórico.

calor calor calor calor e muriçoca de noite.
as pessoas são gentis e ainda lembro da festa que fizeram comigo só pq eu era filha do meu pai.
fui visitar minha madrinha em Bodocó, cidade perto.
ela quis me dar presente bom, eu só quis um tijolo de doce de leite. E ela riu, é a menina de compadre Geraldo.

a pobreza da cidade saltava aos olhos. e o chão gretado da seca, que a gente cansou de ver no globo repórter e parece uma coisa marciana, é tão verdadeiro que eu fiquei meio chocada. a criação magrinha, uns bodinhos que só a bondade divina deixava de pé. o sertanejo tem cara rasgada de ruga, o rosto parece um couro velho. e é um povo valente quando moço, valente à beira da imprudência. mas é um povo paciente. esperar a chuva cair deve ser uma coisa zen, quando não é uma coisa desesperadora.

mas meu pai sempre alertou: sertanejo agüenta, agüenta, agüenta. quando revida, é de uma vez só. e por tudo que agüentou calado. gente honrada, gente honesta que não aceita desaforo.

tem verde na terra: umas algarobas, árvore de raiz profunda que só na seca pior é que perde as folhas. muito mandacaru, que serve de forragem para o gado. mas o mais é poeira, é chão batido de barro.

gente de fé imensa. todo canto tem um oratório, uns santos e o onipresente padre cícero.

não sabia que lembrava tanto. é puxar pela perna do pinto, que seu rei mandou dizer que me contasse mais cinco.

meg, meg, desse jeito você me estraga. :)

como dizia o senhor meu pai:
uns choram porque lhes batem,
outros porque não lhes dão.

não lhes dão pancada, é bom explicar.
ameaça é: "vou dar em você"
no caso: pisa, bolo de escova (bater com as costas da escova de cabelo na mão aberta, quase uma palmatória)

apanhei muito pouco do meu pai, sei as vezes nos dedos de uma mão.
aprendi logo que abrir o berreiro depressa fazia o castigo acabar.
antes disso era orgulhosa e dizia que não tava doendo. e os olhos marejados.

a vez que mais lembro foi mais psicológica.
ele pegou o chinelo e pendurou num prego, na parede.
e disse "não me dê motivos para esse chinelo sair daí".
eu virei um olho arregalado. sim, senhor.


lembro disso sem mágoa nenhuma.
era castigo de amor.

exite coisa mais chata do que aquele banner da petrobrás com um barulho que quer ser aplauso mas parece um tiroteio?
quem quiser conferir é só tentar ler as colunas do Globo hoje.
tentar, sim. apareceu aquele banner, já fechei o jornal na cara dele.

sonhozinho chato esse.

por algum motivo eu limpava um quarto com uma meticulosidade que não é bem minha.
aí vinha mamãe e, de algum modo, sujava o chão e eu ficava com raiva.
ela brigava comigo e me acusava de coisas que não fiz, e de algumas que fiz achando que estava agindo certo.
aí eu e fred estávamos em outro país, numa loja, comprando doces.
mas antes havia um carro e um endereço para chegar, e seis coelhos.
os coelhos eu lembro bem: machos e fêmeas que eu daria para uma senhora amiga minha (dona izabel, a família dela tá num post aí embaixo). pois eu daria esses coelhos para ela criar na casa dela (que é casa de chão e fica em surubim, terra da vaquejada em pernambuco, já morei lá). ela andava muito triste e eu achei que os coelhos a deixariam feliz.
só que, por algum motivo, eu esquecia os coelhos dentro do carro e o sol estava forte.
quando eu me lembrava, batia um desespero deles terem morrido asfixiados.
mas havia outra história no meio. estava na feira, em surubim, e encontrava amigas de lá. ficava conversando. mas eu tinha que ir embora. precisava ir embora logo, pegar o ônibus.
tudo está embaralhado na minha cabeça. sonhos nunca são lineares quando eu lembro deles.

só sei que antes de dormir liguei para minha mãe e acabamos tendo uma pequena desavença, pq ela disse que * é preguiçosa para estudar e eu não concordei.
gente preguiçosa não passa de ano direto e nem é considerada uma das melhores da classe.
ela não vive com a cara dentro do livro, é feito eu, que bastava prestar atenção na aula e fazer as tarefas.
ela nunca ficou em recuperação nem fez prova final. isso é ser preguiçosa?
ah, mãe, vai enxugar gelo.

14.12.01

Mais Gonzagão



Respeita Januário
(Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira)

Quando eu voltei lá pro sertão,
E quis mangar de Januário
Com meu fole prateado

Só de baixo 120
Botão preto bem juntinho
Feito nego empareiado

Mas antes de fazê bunito,
De passagem por Granito
Foram logo me dizendo,

De Taboca à Rancharia
De Salgueiro à Bodocó,
Januário é o maior ( é o maior! )

E foi aí que me falou meio zangado o Véio Jacó...
Luis,
Respeita Januário
Luis,
Respeita Januário
Tu pode ser famoso
Mas teu pai é mais tinhoso
E com ele ninguem vai Luis, Luis...
Respeita os oito baixo do teu pai


Deixa eu explicar a letra: Luís Gonzaga, famoso, volta ao sertão e quis zombar de Januário, seu pai, também sanfoneiro. Luís Gonzaga tem uma sanfona nova, de 120 baixos (botões) e o velho Januário só tem uma velha sanfona bem pobrezinha, só de 8 baixos. Mas em todas as cidades que ele vai passando (Granito, Taboca, Rancharia, Salgueiro e Bodocó) todos falam que Januário é melhor que ele.

o snorcoments foi deletado.
bye.

quem quiser comentar, bem, me mande um e-mail, enquanto eu não instalo um guestbook.

sonhei com a minha avó, a primeira vez desde que ela foi morar com papai do céu.
não lembro de nada, só dela, miudinha no seu vestidinho cinza.

meu joelho parece um salame estragado, com incríveis nuances de roxo e amarelo.

definitivamente, preciso comprar sal grosso.

Aniversário de Gonzagão, velho Lua

Mas pq Lua? Por causa da cara redonda do Luiz Gonzaga!

Asa Branca
Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira

Quando olhei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por quê tamanha judiação

Que braseiro, que fornalha
Nem um pé de plantação
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão

Até mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Entonce eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração

Hoje longe muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra eu voltar pro meu sertão

Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro, num chore não, viu?
Que eu voltarei, viu, meu coração

com essa chuva, amado marido saiu ontem do trabalho às 4 da tarde e chegou em casa 15 para as 7 da noite.

um trajeto que, sem chuva e sob condições normais de temperatura e pressão, fica em torno de meia hora.

13.12.01

finalmente chove, para acabar esse calor infernal

eu não tenho dvd.
mas isso não me impediu de comprar o dvd de labirinto, a magia do tempo, com david bowie e jeniffer connely.
adoro adoro adoro esse filme.

soube outro dia que maria clara, quando menina, criava uma formiga chamada perséfone.
eu sabia que ela tinha um pintinho chamado zeus, que ficou com ela até virar um franguinho e ir para a casa da empregada da minha irmã, mas essa da formiga, realmente foi novidade.
maria clara e seus olímpicos...

Preciso do texto da peça A História de Amor de Romeu e Julieta, adaptação feita por Ariano Suassuna. Quem pode me ajudar a achar?

Duas dúzias de coisinhas à-toa que deixam a gente feliz - Otavio Roth

pintinho saindo do ovo
começar caderno novo
alegria do meu povo

espaguete al dente
um pé de meia quente
melancia sem semente

acordar com cafuné
visita pela chaminé
estalar dedos do pé

queijinhos vindos da frança
menina loira de trança
dom quixote e sancho pança

barquinho na enxurrada
queijo com goiabada
beijinhos da namorada

joaninha no nariz
respingo de chafariz
fazer um amigo feliz

estrelinha piscando no céu
melar o dedo no mel
abrir clipe de papel

alguém sempre por perto
um saco de bombom aberto
uma rima que deu certo!

e eu ainda tenho q ir no banco hoje.

jingle bunitinhu

neste natal não faça beicinho
use sua boca prá dar beijinho
abra seu sorriso
dê seu coração
faça um pedido e uma oração
pedindo as bênçãos de papai do céu
e mil presentes pro papai noel
no shopping grande rio...

comida de alma, da nina horta, tirado do bloWg

"Comida de alma é aquela que consola, que escorre garganta abaixo quase sem precisar ser mastigada, na hora de dor, de depressão, de tristeza pequena. Não é, com certeza, um leitão pururuca, nem um menu nouvelle seguida à risca. Dá segurança, enche o estômago, conforta a alma, lembra a infância e o costume. É a canja de mãe judia, panacéia sagrada a resolver os problemas de náusea existencial. O caldo de galinha gelatinoso, tomado às colheradas. O leite quente com canela, o arroz-doce, os ovos nevados, a banana cozida na casca, as gelatinas, o pudim de leite."


minhas comidas de alma:
vitamina de laranja, banana e mamão
papa de nescau
- mas tem que ser feito pela minha mãe

snor

é muito chato se acostumar com os comentes, esperar por palavras e de repente, pufff... o snor sai do ar.
nhac, nhac, não tem o menor respeito.

W

ninguém dá notícias sobre o seqüestro.

lei da gravidade

topecei na calçada e caí de cara no chão. meu joelho esquerdo está do tamanho de uma bola de futebol americano.

preciso comprar sal grosso.

Últimas palavras

Às vezes, estas são as últimas frases, antes de se partir desta pra melhor...

01 - Corte o fio vermelho, eu tenho certeza!
02 - Pode subir que aguenta mais um...
03 - O que acontece se eu apertar este botão?
04 - Vou acender um fósforo...
05 - Nao levo desaforo para casa!
06 - Esse vai passar perto!
07 - Deixa comigo...
08 - Nao puxe o pino!
09 - É uma cirurgia simples...
10 - Você não é homem para fazer isso!
11 - Ahhh! O que não mata, engorda!
12 - Que é isso, cara! Eu sou sou o encanador...
13 - Vou te denunciar!
14 - Pode falar, doutor, é sério?
15 - Este avião está descendo muito rápido!
16 - Agora só falta um...
17 - Buraco? Que buraco?
18 - Atchim! (dentro do armário)
19 - Vai que dá!
20 - Por aí não, por aqui é bem mais rápido...
21 - Não se preocupe, eu sei nadar...
22 - Posso ver uma luz no final do túnel se aproximando rapidamente..
23 - Ou vai ou racha!
24 - Fique calmo, vai acabar tudo bem!
25 - Não vem vindo carro não, pode ir...
26 - Não é nada disso que você está pensando, a gente pode explicar tudo!
27 - Tá tudo bem, eu sei o que estou fazendo!

12.12.01

continuo com o gosto de sabão na boca.
fiquei com medo de ser diabetes.
minha mãe tem diabetes. diabetes são diabos pequenos, diabinhos?
eu prefiro soltar os meus diabos.

nomes

meu padrinho se chamava benedito e tinha um filho chamado possidônio.

eu tenho uma prima chamada luba.
dizem que o luba é por causa de uma santa.

serginho teve um cachorro chamado warrenlaipzig.

fred teve um gato chamado puto.

os cachorros que meu pai teve se chamavam herói, charles, igor, ico, mogli, zorba (por causa do filme, não da cueca) e zaguri, que era o nome de um namorado de brigitte bardot.

se eu tivesse um irmão ele se chamaria geraldo. não sei se júnior ou filho.
se eu tivesse outro irmão ele se chamaria antônio.
não tenho irmãos.

minha mãe ia se chamar eugênia ou gláucia. meu avô implicou com o eugênia, disse que os matutos da cidade que eles moravam iam chamar ogêna. minha avó não quis gláucia de jeito nenhum. minha mãe acabou batizada como maria helena, que é mais bonito.

minha irmã ia ter meu nome, mas na hora de ir para a maternidade ela foi apressada e nasceu dentro do carro do meu tio. minha mãe fez promessa para a neném ter saúde e cabou que minha irmã ficou com o nome da santa.
ainda bem que não foi para nossa senhora do ó.

quando eu tiver uma filha o nome dela vai ser lygia. e se for menino vai se chamar pedro. ainda falta combinar com fred.

meu pai pediu para quando eu tivesse filho homem colocasse o nome de geraldo neto. desculpa, pai.

minhas sobrinhas vocês já sabem como se chamam.

o nome de gil não tem acento circunflexo.

meu pai teve onze irmãos, dois morreram pequenos. não sei os nomes deles.
filhos de dona stella e seu ernesto, meus avós: ernesto, ivete, joão, antônio diniz, clóvis, jucedy, francisca, geraldo, stella
destes, estão vivos tio ernestinho, tia stelinha, tia ivete e tio clóvis.
tia chiquinha morreu muito moça e não teve o vestido preto que sempre quis usar. minha avó não deixou ela usar pq disse que era roupa de viúva.
tia didi (jucedy) gostava de horóscopo e casou com um viúvo que se correspondia com ela. ele morava em são paulo e ela casou com ele por procuração, ainda em recife. exigência da minha avó, que disse que ela só saía de casa casada.

meu pai se chamava geraldo porque nasceu de sete meses e o médico que cuidou dele tinha esse nome.
meu pai nunca admitiu ter nascido de sete meses.

minha mãe só tem uma irmã, tia deza. o nome dela é maria deborah, com h no fim.

eu não mudaria meu nome por nada.

O nome já foi escolhido!

miau, miau, miau, muriel.

vi as fotos da danadinha. magrela, comprida, branquinha, orelhas de responsa. olhinho esperto. focinho parecido com o de atum, nada de "cara de tábua", que é como clara chama os persas. pequenina parece ter personalidade e fred disse que ela brincou muito com a mãe dela e com a borda da cortina. muriel chega segunda feira, sábado levaremos o atum no vet para aparar as unhas e fazer um exame geral de saúde.

atum, atum, teu sossego vai acabar.

elizabeth, a dona atual da muriel, adorou as fotos do atum. câmera digital tem dessas vantagens.


êeeeeee! eu vou ser mãe de gata!

recebi num e-mail de Lucila

COISAS QUE SÓ UMA MULHER SABE:

* Como é passar a vida inteira lutando contra o próprio cabelo.
* Comprar uma blusa que não combina com mais nada, só por que o preço estava irresistível.
* Fingir naturalidade durante um exame ginecológico.
* O poder de uma calça jeans, ou de um body de lycra, para rediagramar a estrutura do corpo.
* Ter crise conjugal, crise existencial, crise de identidade, crise de nervos!
* Ser mãe solteira, mãe casada, mãe separada, mãe do marido.
* Assistir a um videotape de futebol só para fazer companhia ao gato!
* Lavar a calcinha no chuveiro. E depois pendurá-la na torneira, para horror do sexo masculino.
* Escutar " mulher no volante, perigo constante."
* Depilar a perna de 15 em 15 dias - com cera!
* Rasgar a meia na entrada da festa.
* Sentir-se pronta para conquistar o mundo quando está usando um batom novo!
* Chorar no banheiro, se olhando no espelho para ver qual o seu melhor ângulo.
* Achar que o seu relacionamento acabou e depois descobrir que era tudo tensão pré-menstrual.
* Nunca saber se é para dividir a conta ou se é para ficar meiguinha.
* Ser chamada de tia por uns brotinhos bem gatinhos.
* Colocar uma cinta para disfarçar a barriga.
* Ficar completamente feliz por que ele ligou.
* Dizer não, para ele insistir bastante, e aí dizer sim!
* Sorrir gentilmente para o cliente enquanto uma cólica louca te rasga como se fosse uma bazuca...



SÓ AS MULHERES ENTENDEM...

10. Por que é bom ter cinco pares de sapatos pretos;
9. A diferença entre creme, marfim e bege claro;
8. Que chorar pode ser divertido;
7. Roupas soltas;
6. Uma salada, bebida diet, e um sundae de chocolate fazem um almoço equilibrado;
5. Descobrir um vestido de marca em oferta pode ser considerada uma experiência de vida;
4. A inexatidão de toda balança;
3. Achar o homem ideal é difícil, mas achar um bom cabeleireiro é praticamente impossível;
2. Por que um telefonema entre duas mulheres nunca dura menos que dez minutos;

E o tópico número um que só as mulheres podem compreender

1. AS OUTRAS MULHERES!

Unha postiça de noiva mata noivo no altar

Um noivo iraniano exagerou na dose quando, seguindo a tradição, lambeu mel do dedo de sua noiva durante a cerimônia de casamento e se sufocou até a morte com uma de suas unhas postiças.

O jornal Jam-e Jam publicou na quarta-feira que o noivo de 28 anos morreu no local, na cidade de Qazvin, noroeste do país, enquanto a noiva foi levada a um hospital após ter desmaiado com o choque.

É costume iraniano que os noivos lambam mel dos dedos de seus parceiros quando se casam, para que suas vidas conjugais comecem adocicadas.

Fonte: Reuters

yellow

comecei a ver ontem yellow submarine, num dos telecines.
só que já era tarde, e dormi quando eles chegaram à pepperland.
nunca tinha visto o filme todo, mas parecia que eu estava revendo...
algumas sacadas legais e acho que ringo era o personagem principal.

nunca imaginei os beatles como amigos, só como uma banda.
acho que eles só foram amigos no começo, o resto foi business.

meu primeiro show

arrigo barnabé, clara crocodilo, no teatro do parque, aos 11 anos.
minha irmã e meu cunhado me levaram pq eu não podia ficar sozinha em casa.
lembro dos agudos " clara crocodilo fuuugiu, clara crocodilo escapuliu" e de não entender absolutamente nada.
lembro que tudo era estranho e eu não gostei.
mas gostei de ir a um show.

aos 13, comprei meu primeiro disco, de guilherme arantes, cheia de charme.
estava curtindo a primeira paixonite. ainda tenho esse lp.

tu vens, tu vens... eu já escuto os teus sinais

Sábado a gatinha chega. Fred está absolutamente arriado por ela, que até deu um cochilo no colo dele. Ela é branca, comprida, olhos castanhos. Por enquanto se chama Neve, mas aqui vai ser rebatizada. Fred quer Wynona, eu não gostei tanto assim.
Ele tirou fotos dela na câmera digital e eu estou com coceira de tta curiosidade. =´;´= oba!

hoje seria aniversário de casamento dos meus pais... fariam 49 anos... mais os anos de namoro e noivado, deixa eu ver... dá uns 53 anos de história em comum. pena que meu pai morreu e minha mãe passa o dia de hoje triste.

orgânicos

quase o dobro do preço, e tão feinhos.
umas cenourinhas murchas, uns tomates meio capengas.
na casa de surubim a gente também tinha horta. acho que era orgânica, e as verduras eram mais bonitas.

fred se maravilhou ao saber que coentro dá flor.
dá sim, uma florzinha branca, que dá como num buquê.

para escolher

pim-po-neta
petá-petá-peruge
petá-petá-peruge
pim-pom

minha mãe mandou bater neste daqui
mas como sou teimosa escolho este daqui

pim pam pum
cada bala mata um
puxa o rabo do tatu
quem saiu foi eu ou tu
pitu
cara de urubu
passa fome e anda nu

lá em cima do piano
tinha um copo de veneno
quem bebeu morreu
o azar foi seu

uni duni tê
salamê mingüê
um sorvete colorê
o escolhido foi vo-cê

ando apaixonada por chocolate branco. bis branco e confeti branco.

Audiogalaxy

Fred busca desesperadamente uma versão de My Funny Valentine cantada por Rita Pavone.

Isso que é globalização.

Macaco Simão urgente!

O cúmulo do azar é comprar uma passagem da Transbrasil pela Soletur!

aqui no Rio mangaba, graviola e sapoti são frutas exóticas.

suspiro...

daqui a pouco carambola também vai ser. ô céus.

vendia a alma por um suco de cajá estupidamente gelado e bem grosso.

quem está em Recife que se deleite.
Quase 3 anos aqui e ainda não me acostumei. Nas palavras do anjinho da asa quebrada, "sau-daaaade".

toquinho e vinícius

acordo de manhã, pão com manteiga
e muito, muito sangue no jornal
aí a criançada toda chega
e eu chego achar herodes natural
mas não tem nada, não
tenho meu violão

lita ree

papai do céu, me dá um namorado
lindo, fiel, gentil e tarado
chuchu
chuchuzinho
par de vaso
minha uva, meu vinho...

do japão

a princesinha já tem nome: aiko.
sua majestade o imperador que escolheu, segundo a tradição.
ela só teve nome aos sete dias de vida, quando tomou o primeiro banho ritual - o que dão depois de nascer não conta.

miudinha, no colo da mãe, parecia de porcelana.